
Não é a primeira vez nem será a última, que o mundo é pego de surpresa.
Mas não aquela surpresa gostosa, feliz, que deixam todos encantados.
Uma surpresa gigantesca! Tão gigante capaz de destruir as mais altas e resistentes construções e desandar as mais brilhantes carreiras, e os mais sonhado dos sonhos.
Tão grande assim, é a surpresa da natureza. Tão impetuosa, magnífica, poderosa, majestosa!
Tão certa de si, tão cheia de atitudes, maiores que qualquer pensamento, não aceitando desculpas, não aceitando lamento...
Choro, tristeza e lamentação, é o que fica, depois de um furacão.
Desilusão, amargura sem igual, é o que fica, depois de um vendaval.
Dor, solidão e pesar unânime, é o que fica, depois de um tsunami.
Tão triste, tão difícil, por que você insiste? - Em deixar rastros que nem o tempo pode apagar? Óh natureza! Por que vem tudo derrubar?
Nada é capaz de tirar, as tristes lembranças que ficam no lugar.
Você tem força suficiente, de num instante, tudo acabar.
Mas o homem teima. Teima em te incomodar.
Não é capaz de um minuto pensar, que é tão frágil, como uma formiga no mar.
Por que é tão complicado entender, que te destruir é pedir pra morrer?
Natureza, óh natureza. Você não é culpada. Você não tem culpa de nada.
Só faz o que todos os dias, construímos para que faças, só vem porque pedimos, toda vez que de você destruímos.
Mesmo assim, o homem é fraco demais para entender, que sem você, nada pode sobreviver.
A cada ano que se passa, você é a quem mais sofre. Quietinha, aguentando todos os gases, todas as extrações, todas as queimações.
E o homem não pára. Não quer parar. Só pára quando você resolve reivindicar.
Aí é tarde. E só resta chorar.
As águas que mandas, não evapora com o tempo. O tremor que fazes, não pára de zunir com os dias, o vento tão forte, ainda levanta poeira.
Pois essas águas, movem moinhos!
Moinhos de tristezas dos que perderam os sonhos e o brilho de viver,
mas isso não é suficiente, para outra vida nascer,
porque novamente está o homem, da natureza prevalecer.
E a história se repete, em lugares diversos, e as águas girando,
ainda movem moinhos, até que um dia, o homem
fique sozinho, e seque tudo, inclusive a água que por tantos anos moveu moinho!